Cheque de R$ 350 mil deu pista de esquema criminoso do tráfico

Jogo Aberto Campo Grande News


Apagando rastros – Emídio Morinigo Ximenes, chefe da organização alvo da operação Status, da Polícia Federal, Jefferson e Kleber Morinigo, filhos e também “chefões” no esquema, “não chegavam perto do dinheiro” obtido com o tráfico de cocaína. Segundo a PF, toda a movimentação financeira do clã era feita por doleiro e rede de operadores financeiros, uma forma de não deixarem vestígios.

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Mas, para resolver um problema de saúde, a família deixou um sinal, o que avalou sendo crucial na apuração. Segundo a PF, há cerca de dois anos, um dos filhos deu cheque de R$ 350 mil para o tratamento da matriarca em hospital de São Paulo.

 

Trilha – A partir daí, os Morinigo começaram a ser ter as movimentações financeiras rastreadas. Pelo menos 95 pessoas foram investigadas até que a polícia conseguisse concluir quem eram as lideranças no esquema.

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Autodefinição – Preso na operação, o dono da JV Mortos - garagem de veículos de alto padrão em Campo Grande apontada como empresa que lavava dinheiro para o esquema - usava as redes sociais para falar de religião e de política. No Twitter, por exemplo, sua descrição de si mesmo incluía a expressão “cristão e trabalhador”.

Ironia – Dizendo-se “1000% Anti Petista”, Slane Chaves usou o espaço virtual para comemorar a prisão do maior líder do partido. “Lula preso, ótimo”, postou, junto à frase “chora mais que tá lindo”.

Estratégia – Em coletiva de imprensa na manhã de ontem, o coordenador-geral de Repressão a Drogas e Facções Criminosas da Polícia Federal, delegado Elvis Secco, aproveitou a dimensão da operação Status, que confiscou R$ 230 milhões em bens de traficantes, para exemplificar a mudança no modo de atuar da corporação contra o tráfico de drogas, agindo para quebrar os esquemas financeiros.

“É a quarta operação policial em menos de 30 dias exclusivamente sobre a lavagem de dinheiro [do tráfico]”, citou.

Foco – Secco afirmiu que depois de 10 anos investigando quadrilhas e buscando apreender drogas, a PF percebeu que estava no caminho errado. “A simples apreensão de droga não é a solução. A estratégia correta é a descapitalização patrimonial, prisão de lideranças e cooperação internacional”.

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